A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, disse nesta sexta-feira, 8, na abertura da sessão do Conselho Superior do Ministério Público Federal, presidido por ela, que casos como o rompimento da barragem em Brumadinho (MG) e o incêndio no Centro de Treinamento do Flamengo (RJ) revelam “a grande dificuldade” que o País tem enfrentado de “prevenir desastres de grandes proporções”.

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“Eu queria iniciar esta sessão extraordinária, portanto, enviando em nome de todos os conselheiros no MPF condolências às vítimas, aos seus familiares e à toda a população brasileira porque estamos vendo uma sucessão de fatos e desastres evitáveis, preveníveis e precisamos estar atentos a eles para que as instituições de controle, fiscalização e punição realmente funcionem no Brasil”, disse Raquel Dodge.

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Em sua fala, a procuradora-geral ressaltou que os fenômenos que causam desastres de grandes proporções exigem a atuação das instituições de controle e fiscalização para que se examine se as medidas de prevenção estão sendo adotadas. Para Raquel Dodge, é preciso que o sistema de administração de Justiça funcione para obter a reparação do dano, para dar assistência social às vítimas e para que elas sejam indenizadas pelo danos que sofreram.

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“Isso acende a necessidade que essa instituição (MPF) se estruture de forma adequada a resolver problemas antigos, problemas de alta complexidade, problemas crônicos que pendem de solução. Notadamente estes na área de grandes desastres por razões ambientais, mas também por construções humanas, como é o caso de barragens ou caso de incêndios ou desabamentos ocorridos em prédios urbanos, como é o caso do não funcionamento adequado do sistema de escoamento de águas pluviais, água da chuva em regiões urbanas”, disse a procuradora-geral.