Brasília

– A situação do senador Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA), acusado de envolvimento no grampo telefônico na Bahia, pode se agravar hoje, quando ele retorna ao Senado depois de duas semanas de ausência e caso a bancada petista resolva pedir a instauração do processo de cassação de seu mandato. A medida será examinada pela manhã, em reunião da bancada do PT, mas ainda não é consensual. O próprio presidente do PT, José Genoíno, afirma que uma representação contra ACM só terá sentido se tiver o apoio das demais legendas. “Devemos agir juntos com outros partidos”, defendeu Genoíno. Seu argumento é o de que a suspeita de envolvimento do senador nos grampos da Bahia, “não é um problema do PT mas, sim, de toda a instituição”. Genoíno participará da reunião.

Outra alternativa que os senadores vão examinar é a de seguir adiante com a reivindicação para que o Conselho de Ética instaure uma investigação preliminar contra ACM. O recurso nesse sentido deve ser examinado na quinta-feira pelos conselheiros. A diferença entre a apuração e a representação é que a segunda opção implicaria na constatação de que já há provas suficientes para cassar o mandato do senador. ACM, que evitou dar declarações sobre o episódio nas duas últimas semanas, atendendo à orientação de líderes do PFL, deve se pronunciar hoje.

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