PSDB e DEM podem se enfrentar em várias capitais

Se não bastassem os conflitos na própria base, o PSDB terá de enfrentar o DEM nas eleições para prefeitos das principais capitais. Em uma estratégia de sobrevivência partidária, o DEM vai usar seus melhores quadros na disputa de outubro. Por enquanto, o PSDB não acredita em acordo entre os dois partidos em São Paulo, até porque a cúpula nacional do DEM não quer abrir mão da candidatura do prefeito Gilberto Kassab. ?É uma situação desconfortável?, avaliou o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE).

No Rio, o quadro pode ser definido como crítico para o PSDB. O partido é fraco na capital e, certamente, será rival do DEM do prefeito César Maia. Certo de que a situação precisa de atenção redobrada, Guerra desembarcará na cidade após o carnaval. São três os pré-candidatos tucanos: o deputado federal Otávio Leite, Luiz Paulo Corrêa da Rocha e Andréa Gouvêa Vieira. Maia pretende lançar a deputada Solange Amaral.

Outra situação delicada para o PSDB é Belo Horizonte, onde as articulações estão a cargo do governador Aécio Neves, que tenta acordo com o PT do prefeito Fernando Pimentel. Os dois podem lançar o empresário Marcio Lacerda (PSB), secretário estadual de Desenvolvimento Econômico. Se o acordo não vingar, o PSDB fica sem um nome forte para desbancar o PT. Uma opção é o senador e ex-governador Eduardo Azeredo, mas sua imagem foi arranhada depois de acusado de participar do mensalão mineiro. O DEM ainda decide se terá candidato em Belo Horizonte.

Disputas entre os dois partidos devem ocorrer também em Porto Alegre, Florianópolis, Salvador, Recife, Goiânia e outras capitais no Nordeste e Norte. Se o DEM não tiver candidato em Curitiba, essa será uma das poucas capitais em que a aliança nacional será reproduzida.

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