Protesto contra Alckmin foi politizado, diz José Anibal

O secretário de Energia do Estado de São Paulo e ex-presidente do PSDB, José Aníbal, considerou que o protesto de quarta-feira, 14, contra os escândalos de corrupção em licitações do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e contra o governador Geraldo Alckmin (SP) foi politizado e recebeu baixa adesão.

“Toda vez que esses movimentos enveredam por um caminho mais politizado a adesão cai e isso ficou patente ontem. As agremiações políticas quiseram transformar em embate político e caiu fortemente a adesão”, disse o secretário, sem citar partidos. Aníbal lembrou que os grandes protestos de junho foram realizados “de forma difusa na organização, mas precisa na pauta”, e reuniram milhões de pessoas em São Paulo e no Brasil. “Colocaram nos protestos anteriores as questões da mobilidade urbana, da segurança, saúde e educação”, disse.

Na quarta-feira, 14, na região central de São Paulo, cerca de 1,5 mil pessoas participaram de um ato que terminou em tumulto e tentativa de invasão da Câmara Municipal. Em outra manifestação, houve confronto na Assembleia Legislativa, na região do Parque do Ibirapuera.

Alstom

Aníbal afirmou ainda que não terá dificuldades em apurar as suspeitas de pagamento de propinas para agentes públicos da sua secretaria. Na semana passada, o jornal O Estado de S. Paulo revelou que a Alstom destinou cerca de US$ 20 milhões em propinas ao Brasil para ganhar contratos públicos na década de 1990 e entre as estatais envolvidas estava a Eletropaulo. “Se tiver aquisição de turbina, pela Cesp ou Eletropaulo, não tenho dificuldade em apurar. No curso da investigação isso pode aparecer e vai ser investigado”, disse o secretário.

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