Promotora seqüestrada em Niterói

Rio

– A promotora Viviane Tavares Henriques, que atuou no caso Tim Lopes, foi vítima de seqüestro-relâmpago na noite de anteontem, em Ititioca, bairro de Niterói, no Grande Rio. Ela ficou oito horas em poder dos criminosos e foi libertada ontem, depois que sua família pagou o resgate. Há dois meses o desembargador Jorge Uchôa de Mendonça foi vítima do mesmo crime no bairro de Pendotiba, perto dali. A onda de seqüestros relâmpago levou o promotor de Tutela Coletiva Marcelo Buhatem, a entrar com ação civil pública para obrigar o Estado a aumentar o efetivo do batalhão da cidade.

Viviane trafegava pela Estrada Alarico de Souza em seu Renault Scenic quando foi abordada por cinco homens armados, por volta das 21h. Os criminosos usaram o celular da promotora para ligar para a família dela e exigir resgate. Inicialmente, o grupo pediu R$ 40 mil. Mas aceitaram R$ 3 mil. Pago o resgate, Viviane foi libertada às 4h50, no Largo da Batalha. Em casa, em Piratininga, na Região Oceânica, a promotora permaneceu sedada e sua família não deu entrevista.

O comandante do 12.º Batalhão da Polícia Militar, tenente-coronel Luiz Alberto Gomes, informou que logo após a comunicação do crime 40 homens fizeram barreiras no bairro de Ititioca e nas proximidades. A Delegacia Anti-Seqüestro (DAS) foi acionada, mas não conseguiu prender o bando. O seqüestro será investigado pela DAS e pela Coordenadoria de Segurança e Inteligência do MP.

Os sucessivos casos de seqüestros-relâmpago e queixas de associações de moradores de que cabines da PM estavam abandonadas levaram Buhatem a instaurar um inquérito civil sobre o policiamento na cidade. Descobriu que o batalhão havia perdido 283 homens para o Batalhão de Vias Especiais.

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