Professores podem perder privilégios

Brasília

– Os estados querem uma reforma da Previdência Social mais ousada do que a que vem sendo proposta pelo governo federal até agora. Na reunião de ontem com o ministro da Previdência Social, Ricardo Berzoini, os secretários de Administração, que integram o Conselho Nacional dos Dirigentes de Regimes Próprios de Previdência Social (Conaprev), defenderam o fim da aposentadoria especial dos professores do ensino fundamental e médio.

O argumento dos secretários, apresentado ao ministro em reunião fechada, é que os professores, que pelas regras atuais se aposentam com 25 anos de contribuição, têm peso grande nas contas dos estados e municípios. “Em alguns municípios, os professores chegam a representar 60% da folha de pessoal e seu peso é também significativo para o estado”, disse um secretário que prefere não assumir ainda pessoalmente a proposta. Ele lembrou ainda que quando se aposentarem vão continuar pesando do outro lado, na conta dos inativos, uma vez que como aposentados ganham o mesmo salário da ativa.

Igualdade

A União já se livrou de parte deste encargo com a emenda constitucional aprovada durante o governo FHC que acabou com o tempo de contribuição especial dos professores universitários.

Ontem, os secretários de Administração reivindicaram que o governo federal inclua na proposta de reforma da Previdência emenda específica que permita igualar os professores do ensino fundamental e médio aos demais servidores públicos, em termos de exigências de tempo para a obtenção da aposentadoria.

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