A produção de gás natural da Petrobras caiu para apenas 41,797 milhões de metros cúbicos diários em maio, o que representa redução de 8,08% em relação ao observado em maio do ano passado. Com isso, o patamar atual recuou para os níveis observados no início de 2002, quando a produção nacional estava ligeiramente acima dos 42 milhões de metros cúbicos diários, e ilustra as dificuldades da empresa de suprir o mercado interno no curto prazo.
Além de a produção estar em queda, a Petrobras utiliza uma parte do total para o seu consumo interno e outra parte é reinjetada para aumentar a produção de óleo. Outro fator de pressão é que, por falta de instalações para o aproveitamento do combustível nas plataformas instaladas em alto mar, a estatal tem queimado de 4 milhões a 5 milhões de metros cúbicos diários.
Os dados da Petrobras mostram que produção de óleo tem crescido a um ritmo três vezes maior do que a produção de gás natural, um produto que dá retorno financeiro menor para a estatal devido à política de preços praticada nos últimos anos. Entre 2002 e 2007 a produção interna de óleo cresceu 24,85%, com acréscimo de 381 5 mil barris diários, atingindo 1,918 milhão de barris equivalentes de óleo na média dos cinco primeiros meses do ano. Já a produção interna de gás natural aumentou apenas 7,7% no mesmo período.