Presos denunciam tortura no Presídio de Iaras, em São Paulo

A Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) apura denúncias de tortura no Presídio de Iaras, no interior de São Paulo. O preso Alessandro da Luz Bernardo, matrícula 404.702, alega que foi algemado em uma cadeira de rodas e, feito gado, foi marcado com faca e agulha quentes na perna e sola do pé. O detento Giovanni dos Santos Caetano, matrícula 197.051, diz ter sido espancado e ferido com tiro no joelho esquerdo.

De acordo com os presidiários, as torturas e agressões aconteceram em setembro deste ano. Bernardo afirma que no dia 27 passou mal, sentiu fortes dores no estômago e vomitou sangue. Os colegas de xadrez pediram socorro. Segundo o detento, homens do Grupo de Intervenção Rápida (GIR), uma unidade de elite da SAP criada para conter motins e rebeliões, o retiraram da cela 29 do raio 2.

Bernardo alega que em vez de receber atendimento médico foi levado para uma cela queimada da Penitenciária de Iaras, totalmente destruída na rebelião de 3 de setembro. O preso afirma que no xadrez estava um diretor de disciplina. Diz ainda que por volta das 18h foi arrastado para uma galeria e algemado em uma cadeira de rodas. Em seguida, passou a receber vários socos na cabeça e agulhadas pelo corpo.

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