A Polícia Civil de São Paulo prendeu quatro homens – membros do Primeiro Comando da Capital (PCC) – suspeitos de integrarem uma quadrilha encarregada de “julgar” e executar vítimas com requintes de crueldade. Um dos líderes do grupo está entre os presos, e o outro está foragido. A investigação também localizou cinco corpos enterrados em covas rasas na região de Cidade Tiradentes, na zona leste da capital paulista.

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As mortes eram decretadas depois de debates entre integrantes da facção. Segundo a polícia, o “tribunal” consistia em prender os desafetos da quadrilha e a ouvir fazer a própria defesa enquanto um integrante do grupo preparava a cova. As mortes aconteciam no local onde o corpo seria enterrado. Para não chamar a atenção, os bandidos executavam as vítimas com fios de arame e picaretas.

Os policiais identificaram um dos líderes, o funileiro Gilmar Magalhães Lima, o “Má”, de 28 anos, mas ele continua foragido. O outro chefe é Marcel Andrade de Oliveira, o “Barata”, que está preso. Também foram detidos Adriano Andrade do Nascimento, Lincoln Luiz da Silva e Alan Flávio Santos. O grupo foi detido entre final de setembro e o início deste mês em diversos bairros da zona leste, e as informações foram divulgadas no começo desta semana pelo Departamento de Investigações sobre Crime Organizado (Deic).

O Instituto Médico Legal ainda tenta identificar as vítimas. Para o delegado Antonio Carlos, as investigações permitiram identificar os autores e os procedimentos adotados, além de descobrir alguns códigos usados nos “tribunais”, principalmente em relação as outras facções.

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