Presidente reconduz Adauto ao Ministério dos Transportes

Brasília – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não cedeu às pressões e reconduziu ao cargo de ministro dos Transportes o deputado Anderson Adauto (PL-MG), que foi exonerado para tomar posse como parlamentar, no último sábado. “Essa história (de demissão de Adauto) corre por conta e risco de quem a inventou. O ministro conta com a confiança do presidente e tem o apoio de todos nós”, disse hoje o ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, poucas horas antes de a recondução de Adauto e outros ministros parlamentares ser publicada no Diário Oficial da União. Ao comentar as dúvidas, sinalizadas até mesmo por Adauto sobre a sua permanência no cargo, Dirceu afirmou: “Ele é ministro como eu sou. Quem ordena e comanda é o presidente da República. Ele (Adauto) não pode falar em nome do presidente da República. Ele falou o óbvio: é o presidente da República que exonera e nomeia. O presidente deixou os atos de exoneração e nomeação prontos, como é de praxe”

Com a volta de Adauto ao cargo, o governo avalia que conseguirá por fim às especulações sobre seu definitivo afastamento do governo por conta de antigas denúncias envolvendo seu nome num esquema de desvio de cerca de R$ 4 milhões da Prefeitura de Iturama (MG). A exploração das acusações teve larga repercussão no meio político e levou o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) a defender a idéia de que Adauto ficasse afastado da função até o esclarecimento do caso.

Foi publicada hoje no Diário Oficial a recondução de Dirceu ao cargo de titular da Casa Civil, de Ricardo Berzoini (Previdência), de Agnelo Queiroz (Esportes), e de Marina Silva (Meio Ambiente). Faltou a nomeação do senador Cristovam Buarque (PT-DF), que só hoje deve voltar ao comando do Ministério da Educação. Ele pediu ao presidente para ficar mais um dia como senador, porque queria protocolar dois projetos no Senado, um relativo ao combate à ocupação irregular de terras públicas no Distrito Federal – uma das bandeiras do PT no DF – e outro sobre o acesso de professores do ensino básico às universidades públicas.

Voltar ao topo