O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), vai dividir com os líderes partidários a decisão de convocar ou não, esta semana, uma sessão do Congresso Nacional – reunião conjunta da Câmara e do Senado – para votar a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Segundo assessores de Calheiros, assim que a LDO estiver em condições de ser votada no plenário do Congresso, possivelmente na quarta-feira, o senador consultará os líderes dos partidos políticos para marcar a reunião conjunta.
Ao condicionar o apoio dos líderes partidários à convocação da sessão do Congresso, Calheiros tenta jogar para a oposição a responsabilidade pela realização do recesso parlamentar. Se a LDO não for votada, o Congresso Nacional não entra em recesso. Como Calheiros está sendo investigado pelo Conselho de Ética, sob suspeita de quebra do decoro parlamentar, sua expectativa é a de que, com a paralisação das atividades nos 15 dias de recesso, as pressões sobre ele sejam reduzidas.
Se depender do relator da Comissão Mista de Orçamento, deputado João Leão (PP-BA), Calheiros já pode marcar para quarta-feira a sessão conjunta de votação da LDO. Leão informa que amanhã os parlamentares vão concluir a votação de mais de 500 destaques feitos às emendas rejeitadas. Os destaques podem ser votados em bloco e por acordo, segundo o relator. Leão vai pedir pressa a Calheiros.


