Brasília – O presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia (PT-SP), defendeu nesta quinta-feira (17) a aprovação da proposta que aumenta a alíquota da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) dos bancos. A proposta faz parte do pacote tributário do governo lançado no início do mês para compensar as perdas com o fim da Contribuição Social sobre Movimentação Financeira (CPMF).
"A dimensão de arrecadar recursos de segmentos que têm lucros maiores tem de ser levada a sério pelo Congresso, pelos bancos, por toda a sociedade. Frente às circunstâncias do país, acho razoável que o financiamento da sociedade seja feito por quem pode mais. E isso vai na linha de se fazer justiça social", disse o deputado.
Chinaglia criticou a oposição que, em protesto pelo pacote tributário, tem dito que haverá dificuldades para a aprovação da CSLL no Congresso Nacional. "Fica difícil alguém falar que está defendendo o povo através da defesa que faz dos bancos que têm altos lucros", afirmou.
Tradicionalmente, em ano de eleições municipais, como este, o Congresso trabalha no chamado recesso branco no segundo semestre. Isso porque vários deputados são candidatos em seus estados ou apóiam candidatos próprios. Chinaglia alertou que este ano será diferente. "Temos duas tarefas: aproveitar com maior intensidade o primeiro semestre e produzir acordo para votar, no segundo semestre, matérias selecionadas numa agenda realista, mas permanente também. Não compactuo com a idéia de que o segundo semestre é chamado recesso branco. Não será", afirmou.