O prefeito do Rio, Eduardo Paes, classificou de “delinquente” o neurologista Adão Orlando Crespo Gonçalves que não compareceu ao plantão do Hospital Municipal Salgado Filho na noite do dia 24 de dezembro e fez com que uma criança de dez anos aguardasse oito horas por uma cirurgia.

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Segundo Paes, a determinação é de que o profissional seja demitido.

A menina Adriele dos Santos Vieira havia sido baleada na cabeça durante as comemorações de Natal.

“É um irresponsável. Não dá para a pessoa estar escalada para o plantão e simplesmente não aparecer. Acho até que ele tinha de responder criminalmente”, disse Paes.

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Questionado se não houve erro de planejamento do hospital, que deveria ter escalado pelo menos dois médicos para o plantão, Paes afirmou que se trata de uma argumentação para proteger o médico.

“Aí a corporação vem à frente. O sindicato dos médicos já começa com suas teses corporativistas para proteger esse delinquente, porque é um delinquente esse profissional que faltou”, completou.

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Segundo ele, a situação dos hospitais da cidade do Rio “não é excepcional, mas boa”. Ele anunciou a implantação do ponto biométrico em todos os hospitais e centros de saúde do Rio para aumentar a fiscalização do cumprimento da jornada de trabalho por parte dos profissionais públicos de saúde. Os hospitais terão seis meses para se adaptar.

“Já divulgamos a escala dos médicos dos hospitais da prefeitura. Agora teremos o ponto biométrico para acabar com essa maluquice”, afirmou.