Prédios são esvaziados perto de loja incendiada no Rio

O Corpo de Bombeiros esvaziou por segurança os prédios residenciais e comerciais do entorno da loja de artigos de festas que pega fogo desde o início da manhã de hoje na avenida Nossa Senhora de Copacabana, zona sul do Rio. Não há informações de feridos.

Funcionários das Lojas Americanas, que fica ao lado do estabelecimento em chamas, disseram que chegaram a pensar que o fogo poderia ser no estoque da loja. “Os caixas viram a fumaça escura no segundo andar, começaram a alertar os funcionários e aí só deu tempo de correr”, disse a fiscal de caixa das Lojas Americanas, Susana Martins, 28.

O gerente de restaurante Carlos José Gonçalves, 44, disse que não conseguiu buscar seus pertences no prédio vizinho. “Eu estava no trabalho e vim correndo para cá quando soube do incêndio. Ainda tentei entrar no prédio para pegar o meu violão, mas não deixaram”, contou o morador, que acompanha o trabalho dos bombeiros confiante de que o fogo não vai se alastrar.

Moradora do mesmo prédio, a secretária Célia Coutinho, 40, criticou o trabalho dos bombeiros. Ela afirma que eles chegaram com poucos veículos para combater as chamas. “Em certo momento ficaram cerca de 5 minutos sem água”, afirmou.

Representantes da AMA-Copa (Associação de Moradores e Amigos de Copacabana) também criticam a estrutura dos bombeiros no bairro. O vice-presidente da associação,Tony Teixeira, 47, disse que a estrutura do Corpo de Bombeiros em Copacabana dificulta o combate às chamas. “A estrutura do quartel é a mesma há cerca de 80 anos. O bairro cresceu dez 10 vezes e essa estrutura não é mais compatível” afirmou Teixeira, que defende a abertura de um novo quartel no bairro do Leme, vizinho à Copacabana.

“Os bombeiros estão fazendo um trabalho heroico porque é difícil numa emergência como essa ter rapidez tendo que vir de outros locais”, disse. Bombeiros dos quartéis de Copacabana, Gávea e Humaitá tentam combater as chamas com cinco carros.

A reportagem entrou em contato com o Corpo de Bombeiros, mas ainda não obteve retorno sobre os questionamentos dos moradores.

A loja Aidan, destruída pelo fogo, abrigava produtos de festas como bolas de plástico, brinquedos, fantasias, perucas e adornos de Carnaval. O estabelecimento funcionava desde a década de 80 no local. As causas do incêndio ainda não foram divulgadas.

A Light, concessionária de energia do Rio, afirmou que o incêndio não afetou o fornecimento de luz na região. Mesmo assim, uma equipe da concessionária foi enviada ao local.