Por reajuste salarial, Polícia Federal pára 24 horas

Brasília – Policiais federais de 25 estados e do Distrito Federal, exceto Alagoas, vão paralisar suas atividades hoje por 24 horas, em defesa de um reajuste de 30%, devido desde o acordo salarial assinado no ano passado, e pela implantação da Lei Orgânica da categoria. Em atenção a um apelo do ministro da Justiça, Tarso Genro, os federais voltaram atrás na operação tartaruga que fariam nos aeroportos e manterão plantões em todas as superintendências, delegacias e postos, a fim de fazer atendimentos de emergências e não paralisar nenhum serviço básico à população.

O recuo, segundo o presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), Marcos Vinicio Wink, é um voto de confiança em Genro, que a seu ver demonstrou compromisso com as reivindicações da categoria em visita feita ontem aos seus líderes, na sede da entidade. ?Não queremos causar transtornos à sociedade, nem passar para o governo a leitura de provocação.? Segundo o dirigente, a PF vive um bom momento junto à sociedade ?e não vai destruir agora o que se construiu em anos, com suor e sangue?.

Genro recebeu a ponderação dos manifestantes e disse que o pleito está sendo analisado pelo Ministério do Planejamento com o grau de importância que a situação requer. ?Nenhuma das demandas é provocativa ou tem sentido de antagonismo com o governo. São demandas normais, que vamos processar para tentar chegar a um ponto comum?, disse ele, à saída da abertura do Fórum Nacional de Inserção Feminina nas Instituições Policiais, ontem, no Ministério da Justiça.

O ministro disse esperar, porém, que a manifestação ocorra dentro da lei e do estado de direito. ?O ponto de partida da democracia é o ponto de interesse da corporação, mas não é o ponto de chegada?, disse. Para ele, ?o ponto de chegada é o interesse da sociedade e do conjunto dos servidores?, lembrou.

Alagoas

Os policiais federais de Alagoas serão os únicos no País a não participar da greve de 24 horas. A informação foi confirmada pelo presidente do Sindicato dos Policiais Federais de Alagoas (Sinpofal), Jorge Venerando. Segundo ele, Alagoas decidiu ficar de fora da manifestação nacional em protesto contra o processo de demissão do escrivão Francisco Eriberto Pinheiro, que trabalha na superintendência da PF em Maceió. ?Essa é a primeira vez que Alagoas fica de fora de uma manifestação nacional, mas não poderia ser diferente diante da perseguição que nosso colega Eriberto vem sendo vítima dentro da instituição em nosso estado?, afirmou Venerando.

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