Os três investigadores da Polícia Civil que estavam sendo procurados por suspeita de espancar e matar um preso em uma delegacia de Porto Seguro (BA) se apresentaram na noite de ontem.

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Eles estão presos na sede da Corregedoria da Polícia Civil, em Salvador, segundo a Secretaria de Segurança Pública da Bahia. Um suspeito, filho de um dos policiais, permanece foragido.

Segundo a secretaria, os suspeitos devem ser ouvidos ainda hoje. O órgão não soube informar se eles já têm advogados.

O crime aconteceu no dia 14 de julho e os suspeitos tiveram a prisão decretada dois dias depois.

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Imagens de uma das câmeras de segurança da delegacia foram exibidas nesta semana por um rede de TV local. Elas mostram o momento em que os policiais tiram o preso da cela e o levam para uma sala sem câmeras. No trecho seguinte, eles voltam com o preso desacordado.

O preso foi levado para o Hospital de Base de Porto Seguro. Exames confirmaram que ele morreu de traumatismo craniano. Os suspeitos não haviam mais sido vistos na delegacia depois do crime.

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Os policiais foram identificados como sendo os investigadores Otávio Garcia Gomes, 43, Joaquim Pinto Neto, 42, e Robertson Lino Gomes da Costa, 44, todos funcionários da Delegacia Territorial de Porto Seguro. O outro suspeito é Murilo Bouson Costa, 22, filho de Robertson, que ainda está foragido.

Robertson era policial há dez meses e Joaquim, há dois anos. Ambos estavam em estágio probatório (período de teste) como funcionários públicos e serão exonerados do cargo. Já Otávio, desde 2004 no cargo, responderá a um processo administrativo disciplinar e também pode perder o emprego.

Ainda não se sabe por que o filho de Robertson estava na delegacia. O jovem é estudante, mora em Salvador e passava férias na casa do pai.

A vítima era Ricardo Santos Dias, 21, preso por suspeita de porte ilegal de armas e tráfico. A polícia suspeita que ele tenha participado de um roubo a uma relojoaria, ação que terminou com a morte do dono do estabelecimento. Os policiais não informaram se ele havia constituído defesa.