Polícia mata dois seqüestradores e resgata menina

São Paulo

– Policiais que libertaram na madrugada de ontem uma menina de 12 anos, seqüestrada há mais de dois meses em São Paulo, trocaram tiros com dois envolvidos no crime. Ambos morreram. Um deles no local em que a garota era mantida, em um sítio em Juquitiba, na região metropolitana. O outro ainda foi levado para um hospital, mas não resistiu.

A garota foi seqüestrada no dia 29 de maio, quando voltava a pé da escola, o Colégio Dante Alighieri. Ela foi levada perto do prédio onde mora, na Rua Peixoto Gomide, uma travessa da Avenida Paulista. As câmeras do sistema de segurança do edifício gravaram a ação da quadrilha. Três homens colocaram a vítima na caçamba de uma Saveiro branca e fugiram do local sem deixar pistas.

A menina, filha de um empresário da capital paulista, não sofreu ferimentos. Ela já está com a família. Os bandidos chegaram a pedir resgate. E foi com base nesse pedido que os policiais conseguiram encontrar o cativeiro. O suspeito de negociar o pedido de resgate, Renato Faria Lopes, de 25 anos, foi preso quando falava ao telefone, em uma casa no Jardim Aracati, perto da Represa de Guarapiranga, na zona sul da capital. Lopes indicou à polícia onde era o cativeiro da menina.

O sítio está localizado a oito quilômetros de Juquitiba. Essa não é a primeira vez que um cativeiro é encontrado nessa região. O prefeito de Santo André Celso Daniel passou por um cativeiro na cidade, antes de ser assassinado. Atualmente, outras seis pessoas estão seqüestradas em São Paulo. Três delas têm entre 10 e 14 anos. Nesta semana, dois irmãos foram retirados de dentro de um ônibus pelos seqüestradores.

Segundo o chefe da Divisão Anti-Seqüestro, o delegado Wagner Giudice, a quadrilha que seqüestrou a menina “tinha um certo grau de especialização” e soube como se esconder da polícia durante todo esse tempo.

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