Polícia Federal sumiu com documentos da CEF

Brasília

– A Caixa Econômica Federal ficou sem os equipamentos apreendidos na busca da Polícia Federal realizada na sede do banco, em Brasília, na quinta-feira.Em nota oficial divulgada à imprensa, a Caixa se dizia “indignada”, exige a devolução do material apreendido, como determinado por ordem judicial expedida na tarde de quinta, e pedia punição para os que desrespeitaram a determinação.

A juíza Maria de Fátima Pessoa Costa, da 10.ª Vara Federal de Brasília, expediu um mandado que determinava a busca e apreensão de todos os registros de acesso da sede da Caixa, além de agendas, registros de controle, reuniões, encontros, telefonemas recebidos e enviados, entre outras coisas, dos diretores da Caixa e da direção responsável pelas loterias. O objetivo era apreender documentos relacionados à empresa multinacional GTech e ao ex-assessor da Casa Civil Waldomiro Diniz. A juíza, no entanto, disse que a PF se “excedeu” na operação ao apreender discos rígidos de computadores usados pelos empregados.

Na quinta, a operação foi considerada pelo presidente da Caixa, Jorge Mattoso, um “espetáculo” e um “carnaval”. Em São Paulo, o presidente da Caixa disse que a operação tinha caráter “eleitoral”. A Gtech é a maior empresa de processamento de loterias do mundo. No início do ano, Waldomiro Diniz deixou o governo após informações de ter pedido propina à GTech para mediar acordo com a Caixa.

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