A Polícia Federal (PF) pediu à Justiça que retenha no Brasil os R$ 24 milhões em moeda estrangeira encontrados a bordo de um bimotor que fez pouso de emergência na segunda-feira em Cruz Alta, no Rio Grande do Sul, pelo menos até que a Interpol (a polícia internacional), a quem o caso foi encaminhado, esclareça se o dinheiro tinha origem e destino legais. A informação foi divulgada pelo superintendente regional da PF no Estado, Ildo Gasparetto.
O policial disse que diversos países demonstraram interesse em saber a origem do dinheiro. O incidente ocorreu na segunda-feira quando o avião tripulado por dois pilotos e dois seguranças da empresa Prosegur foi obrigado a procurar uma pista de pouso no Brasil porque o mau tempo impedia o vôo sobre a Argentina. Ouvidos pela PF, os quatro informaram que faziam o transporte do dinheiro de Assunção para Montevidéu com plano de vôo sobre o território argentino, a pedido do banco paraguaio Amambay.
O dinheiro seria entregue à financeira uruguaia Ocasa Inc. Todos foram liberados depois de prestarem seus depoimentos. O dinheiro foi encaminhado à agência do Banco Central em Porto Alegre. Hoje a Prosegur divulgou uma nota responsabilizando-se pelos malotes com euros, libras, dólares e pesos argentinos e chilenos e informando que é uma empresa com tradição no transporte legal de valores em diversos países.