Polícia Federal já recolheu mais de sete mil armas

Brasília – Em apenas cinco dias úteis da campanha do desarmamento, a Polícia Federal já pode comemorar os resultados do projeto, desenvolvido pelo governo federal. A PF recolheu sete mil armas até o fim da tarde de anteontem, sem contabilizar os dados de três estados: São Paulo, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Norte e do Distrito Federal.

Segundo o chefe do Serviço Nacional de Armas, delegado Fernando Segovia, na próxima segunda-feira começam a ser pagas as primeiras indenizações, que serão creditadas imediatamente nas contas indicadas pelas pessoas que devolveram as armas. “É preciso destacar que um desses estados, São Paulo, fará esse número crescer significativamente”, afirmou.

Segundo o delegado, como a campanha tem superado todas as expectativas, deve ser necessário um pedido de mais verbas para pagar as indenizações. Para ampliar ainda mais a campanha, Segovia destacou a importância de a sociedade civil se organizar e procurar a Polícia Federal para fazer o credenciamento de entidades que podem ceder locais para recolhimento de armas. Neste caso, equipes de policiais federais serão encaminhadas aos locais indicados para fazer o recolhimento de armas, como autorizado nesta quarta-feira por portaria assinada pelo diretor-geral da PF, Paulo Lacerda.

Campanha

Segovia disse que a Polícia Federal espera fechar o primeiro mês da campanha para fazer uma nova estimativa de recolhimento, inicialmente estipulada em 80 mil para este ano. A maioria das armas recolhidas nesses primeiros dias de campanha são revólveres e, até mesmo uma granada e um kit de fabricação de munição, foram devolvidos na Paraíba.

O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, admitiu que já trabalha com a possibilidade de recolher entre 150 mil e 200 mil armas até o fim do ano. O ministro garantiu que não faltarão recursos para pagar as indenizações e que está disposto a remanejar verbas de outros programas para não deixar faltar dinheiro à campanha de desarmanento. Inicialmente, o Fundo Nacional de Segurança Pública tem R$ 10 milhões para pagar as indenizações.

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