O serviço de inteligência da Polícia Federal de Mato Grosso investigará junto com a Polícia Civil a execução do jornalista Auro Ida ocorrida no dia 21, em um bairro da periferia de Cuiabá quando deixava a namorada em casa.

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O jornalista foi morto com seis tiros, um na nuca, outro na boca e quatro no tórax. A decisão foi acertada durante uma reunião entre o superintendente da PF César Martinez e o secretário de segurança Diógenes Curado.

A participação da PF no caso atende a um pedido da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Mato Grosso e do Sindicato dos Jornalistas. As duas entidades argumentam que a morte “tem motivação política”. A Polícia civil está em greve.

 

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O presidente da OAB/MT, Cláudio Stábile, disse que as duas entidades ficaram preocupadas com o andamento das investigações por dois motivos: o primeiro devido à greve dos investigadores da Polícia Civil; o segundo, principalmente, depois das declarações do delegado chefe da Polícia Civil, Antonio Garcia, de que mesmo sem nenhuma investigação ele teria declarado no dia seguinte que o crime seria passional. O crime, segundo ele, tem todos os indícios de “pistolagem e de mando”.

Para Stábile, isso foi o indício de que não havia intenção de fazer uma “investigação a fundo”. Segundo o presidente, há informações de que o jornalista estava realizando um levantamento de denúncias que envolviam funcionários do governo do Estado.

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“A presença da PF na investigação do crime é importante principalmente se houver relação com a questão profissional”. O presidente da Assembléia Legislativa, deputado José Riva (PSD), disse que o jornalista contou que vinha recebendo ameaças.