Brasília (AE) – A Polícia Federal (PF) interrogou esta semana, em sigilo, o subchefe de Ação Governamental da Casa Civil, Luiz Alberto dos Santos e, nos próximos dias, ouvirá o consultor de empresas Rogério Buratti, ex-assessor do ministro da Fazenda, Antônio Palocci, na Prefeitura de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, dentro do inquérito do caso Waldomiro Diniz.
Ex-subchefe de Assuntos Parlamentares da Casa Civil, Diniz foi demitido em fevereiro, após a divulgação de uma fita de vídeo em que aparece, supostamente, pedindo propina ao empresário Carlos Ramos, o “Carlinhos Cachoeira”, quando dirigia a Loteria do Estado do Rio de Janeiro (Loterj), em 2002.
O delegado Antônio César Nunes, encarregado do inquérito, recebeu instruções para trabalhar em sigilo absoluto nessa fase. Fiel à determinação, Nunes não divulga sequer a agenda dos testemunhos, que agora prioriza quem é ligado ao governo.
Sindicância realizada pelo Palácio do Planalto constatou que o ex-subchefe de Assuntos Parlamentares da Casa Civil continuou praticando irregularidades na atual gestão, ao qual foi integrado em janeiro de 2003, a convite do chefe do ministério, José Dirceu.
Ontem, a PF recebeu uma cópia da ação de improbidade administrativa movida na Justiça pela Advocacia Geral da União (AGU) contra Diniz, com base na auditoria, realizada por determinação do chefe da Secretaria de Coordenação, Articulação Política e Assuntos Institucionais da Presidência da República, Aldo Rebelo.