São Paulo – A polícia acredita que as 12 bombas de fabricação artesanal encontradas ontem pela manhã no estacionamento externo do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Cumbica, foram deixadas por um traficante. Segundo peritos, uma eventual explosão dos artefatos poderia matar quem estivesse perto e danificar vários veículos. “A base deles é de pólvora branca e o acionamento seria com palito de fósforo ou com detonador”, informou o tenente Paulo Aguilar, do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate), da Polícia Militar. O delegado Eduardo Gobetti, da Polícia Civil, no aeroporto, não acredita que haja ligação com os atentados praticados pelo Primeiro Comando da Capital (PCC) desde o domingo.
Segundo ele, um fax foi mandado na terça-feira para a Polícia Civil com a informação de que um traficante planejava explodir bombas no aeroporto. Desde esse dia, as polícias Civil, Militar, Federal e os agentes da Infraero, empresa de administração aeroportuária, passaram a trabalhar em estado de alerta.
Mala preta
Os explosivos foram encontrados numa mala preta no bolsão de estacionamento C5 por um vigilante em ronda. Eram 12 tubos prontos para detonação e a mala estava do lado do pneu de um carro. O atrito com o pneu também provocaria uma explosão.
Desde a manhã de ontem as fitas das 400 câmeras de monitoramento do aeroporto estão sendo examinadas. Alguns desses aparelhos ficam nos estacionamentos. Os técnicos esperam identificar quem deixou os explosivos no aeroporto. A mala também passa pela análise de peritos, que esperam encontrar impressões digitais dos criminosos.