Polícia do Rio vai indiciar militares por homicídio

Os 11 militares – um tenente, três sargentos e sete soldados – envolvidos na entrega de três jovens do Morro da Providência a traficantes da Mineira, que acabaram sendo mortos, serão indiciados por homicídio, mesmo que vários deles aleguem que seguiam ordens do segundo-tenente Vinícius Ghidetti. O delegado Ricardo Dominguez, da 4ª DP, deve remeter ao 3º Tribunal do Júri até segunda-feira (23), o relatório final do inquérito.

O encarregado do Inquérito Policial Militar aberto no Comando Militar do Leste, capitão Peçanha, pediu a prisão preventiva por dez dias de quatro deles: além de Ghidetti, o terceiro-sargento Leandro Maia Bueno e os soldados José Ricardo Rodrigues de Araújo e Fabiano Eloi dos Santos.

Segundo os depoimentos, Ghidetti entregou David Wilson Florêncio da Silva, de 24 anos, Marcos Paulo da Silva, de 17, e Wellington Gonzaga Costa, de 19, presos por desacato, aos traficantes como ?um presentinho?. Ghidetti havia recebido de um superior a ordem de libertar os jovens, mas ordenou que eles fossem levados para a Mineira. ?Os traficantes não estavam entendendo nada. O tenente disse: "Está aqui um presentinho para vocês". Os traficantes perguntaram se eram ?alemães? (de quadrilha inimiga). O oficial respondeu que eram de ?lá da Provi? (Providência)?, contou o advogado Walmar Flávio de Jesus.

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