Polícia diz que PCC pretendia comprar detector de metal

A organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) se preparava para importar da Itália um detector de metal semelhante aos usados nas penitenciárias paulistas. O grupo receberia de representantes da empresa europeia no Brasil treinamento para manipular a porta, com objetivo de ensinar seu pessoal a driblar a segurança do presídio para introduzir armas, drogas e aparelhos de telefone celular nas cadeias. Segundo relatório da polícia concluído em 22 de dezembro.

O plano do PCC só não deu certo porque policiais do Departamento Estadual de Narcóticos (Denarc) prenderam, em novembro de 2008, sete homens apontados como torres (chefes). Policiais civis apreenderam contabilidade do PCC, pagamentos a advogados e uma carta assinada por uma mulher chamada Carla. Nela, a mulher informa a cotação do equipamento e explica a diferença entre os modelos. Esclarece que a venda do detector de metais é feita por um representante de uma empresa da Itália e cita o nome, o endereço e o telefone.

No inquérito, o delegado Carlos Batista cita a apreensão da carta e faz a seguinte observação sobre o plano do PCC: “Induz a um raciocínio de que existe algo em andamento com relação aos detectores de metais nas portas de acesso das penitenciárias.” Foram presos e indiciados por associação para o tráfico e formação de quadrilha Paulo de Oliveira, de 28 anos, Flademir dos Santos, de 27 anos, Alessandro Barbosa, de 29, Cássio Bento, de 30, Ronaldo Pinto, de 36, Reinaldo Rocha, de 28, e Jorge Augusto dos Passos, de 25.

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