Polícia de São Paulo sufoca novos ataques do PCC

Foto: Arquivo/O Estado

Cláudio Lembo diz que polícia está ?mais atenta do que nunca?.

A polícia conseguiu sufocar durante a madrugada de ontem o que seria uma nova onda de ataques sob o comando da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). Treze membros da facção morreram durante tiroteio com a Polícia Civil, após uma tentativa de ataque contra agentes penitenciários em quatro cidades do Grande ABC (Mauá, Diadema, São Bernardo e Santo André). Um policial foi ferido por armamento pesado.

Tentativas de resgate de presos em Centros de Detenções Provisórias (CDP), na região do ABC, foram frustradas pela tropa de choque da Polícia Militar. Os policiais também agiram no caso de um ônibus que levava agentes penitenciários para trabalhar em presídios do ABC e seria metralhado pelos criminosos.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública, os bandidos morreram após resistirem à ordem de prisão. Dez deles em São Bernardo do Campo e outros três em Diadema. Também foram presas sete pessoas, todas com passagem pela polícia, sendo uma mulher e seis homens. Junto com os criminosos, a polícia apreendeu 15 armas de grosso calibre.

Em entrevista o governador Claudio Lembo (PFL), tranqüilizou a população dizendo que as forças de segurança do estado estão agindo com rigor e, o serviço de inteligência da polícia está mais ativo do que nunca. ?Estávamos esperando que isso fosse acontecer, e infelizmente aconteceu?, disse o governador, ressaltando que a polícia estava preparada para novos ataques e que a situação está sob controle. ?A polícia está em alerta. A situação é de total de tranqüilidade, não há nenhum problema em São Paulo?.

Ameaças

Lembo confirmou que o PCC vem fazendo ameaças desde a semana passada e planejava fazer ataques durante o jogo do Brasil na Copa, quinta-feira passada, contra o Japão. ?Eles nos ameaçaram no jogo do Brasil. Iam fazer ataques durante o jogo, mas conseguimos que não fizessem. Agora fizeram nesta madrugada, mas foram rechaçados duramente.? Ainda segundo o governador, a intenção dos criminosos era repetir a onda de violência de maio. ?Estavam planejando muitos ataques espetaculares?.

O secretário de Segurança Pública Saulo Abreu, tentou minimizar o impacto causada pelas declarações do governador, dizendo que houve apenas uma tentativa de desestabilizar o sistema. Saulo disse que houve fatos isolados e evitou dar detalhes sobre a ação policial. Ele confirmou que a polícia conseguiu sufocar as tentativas a partir de escutas telefônicas autorizadas e do ?monitoramento constante do passo a passo dos bandidos?.

Ontem cedo, 15 agentes do Centro de Detenção Provisória (CDP) de Parelheiros, zona oeste da capital, se recusaram a entrar no presídio. Eles alegam que não há segurança para trabalhar. Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária, a rotina dentro do presídio segue normalmente. Ainda não se sabe de onde partiu a ordem para os ataques e se eles têm relação à série de ataques ordenada pela facção criminosa Primeiro Comando da Capital, iniciada em 12 de maio, e que deixou 122 mortos.

A polícia civil de São Paulo conseguiu, por meio de grampo contra membros do Primeiro Comando da Capital (PCC), deter a onda de ataques que ocorreriam na madrugada de ontem. A escuta foi confirmada pela Secretaria de Segurança Pública. 

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