PMDB adia análise de intervenção em São Paulo

Brasília

  – Depois de três horas de reunião, ontem, a Executiva Nacional do PMDB adiou para terça-feira (17) a decisão sobre o pedido de intervenção no diretório do partido em São Paulo, presidido pelo ex-governador Orestes Quércia. Como o ex-deputado Paes de Andrade (PMDB-CE) e os senadores José Sarney (PMDB-AP) e Roberto Requião (PMDB-PR), governador eleito, não compareceram para testemunhar em favor de Quércia, o presidente nacional da legenda, deputado reeleito Michel Temer (SP), marcou um novo encontro. Durante a reunião da executiva nacional de hoje, Quércia fez um apelo em nome da unidade da sigla. Ele propôs a suspensão do pedido de intervenção para facilitar a união do partido em torno do futuro governo.

“Não é hora de nos dividirmos, mas de somarmos esforços para apoiar o governo de Lula”, afirmou Quércia, ressaltando que o pedido de intervenção, feito por seis deputados federais do PMDB de São Paulo, “não tem cabimento e terá grande repercussão” negativa, dividindo ainda mais o partido. O grupo que defende Quércia lembra que a maioria dos seis deputados que assinaram o pedido de intervenção não foi reeleita.

Os deputados querem a intervenção do diretório paulista sob o argumento de que Quércia teria manipulado a favor de seu grupo durante a campanha eleitoral, usando de forma abusiva o horário eleitoral gratuito do partido. “É difícil uma solução política para esse caso”, afirmou o líder do PMDB, deputado Geddel Vieira Lima (BA), sobre o pedido de Quércia.

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