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PM fere homem em ação em favela e protesto de moradores fecha linha da CPTM

Uma ação da Polícia Militar no fim da manhã desta terça-feira, 27, terminou com um homem ferido na Favela do Moinho, região central de São Paulo. A corporação alega que atuava contra suspeitos de roubos e tráfico de drogas, mas não detalhou como a vítima foi atingida. Ela foi socorrida ao pronto-socorro da Santa Casa e não teve o estado de saúde divulgado até esta tarde.

A ocorrência levou moradores do local a realizarem uma manifestação, que causou a interrupção de parte do serviço da Linha 8-Diamante da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), entre as estações Júlio Prestes e Barra Funda, por cerca de quatro horas. O serviço foi retomado totalmente às 15h15.

De acordo com informações da assessoria de imprensa da PM, a corporação, por meio das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), atuava na Favela do Moinho após denúncias de tráfico de drogas, roubos de carro e de celulares. A polícia disse ter havido troca de tiros com um suspeito e um homem foi baleado, tendo recebido atendimento por serviço médico de urgência.

A operação enfrentou reação da comunidade, levando à interrupção do tráfego de trens na linha férrea que corta a favela. Com rostos cobertos, moradores empunharam cartazes classificando a ação como “assassina” e pedindo “justiça pelo morador morto” – não há confirmação da morte até o início da tarde desta terça. O protesto se estendeu ao Viaduto Engenheiro Orlando Murgel, que passa sobre a favela, interrompendo o trânsito no início da tarde.

O local já havia enfrentado uma operação policial no dia 21 de maio, quando equipes do Departamento de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico (Denarc) foram à favela com objetivo de cumprir mandados de prisão contra suspeitos de tráfico de drogas. A investigação apontava que era na área que eram tomadas decisões sobre o abastecimento de crack para a Cracolândia, cujo fluxo se localizava a cerca de um quilômetro dali.

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