Planalto nega possível asilo a Saddam

Brasília

– Causou constrangimento no governo as declarações, à revista “Época”, do assessor especial da Presidência da República Marco Aurélio Garcia (foto) de que o Brasil “aceitaria (conceder asilo ao ditador iraquiano, Saddam Hussein) se isso ajudasse a resolver a crise do Iraque, de forma pacífica”. A informação caiu de forma inesperada na Esplanada dos Ministérios e a assessoria do Planalto desmentiu-a, “peremptoriamente”, informando que o Ministério das Relações Exteriores esclareceria o assunto, negando a disposição do governo brasileiro.

A polêmica declaração de Garcia foi tema de uma reunião que o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, convocou para o fim da manhã de ontem, no gabinete dele, no Itamaraty, com os principais auxiliares. Amorim procurou o assessor especial da Presidência da República, que estava em São Paulo, para checar as informações que teriam sido dadas por ele com o objetivo de evitar um novo possível ruído de comunicação na administração federal. Até o chefe da Casa Civil, José Dirceu, que ficou o fim de semana em Brasília, entrou no circuito.

Voltar ao topo