PFL mantém ameaça de obstrução

Brasília (AG) – O presidente da Câmara, João Paulo Cunha, fez ontem um balanço das votações realizadas na última quarta-feira e anunciou a pauta da segunda semana de esforço concentrado, que começa no dia 24, uma terça-feira. João Paulo destacou a importância das matérias votadas anteontem, como a proposta de emenda constitucional (PEC) do Trabalho Escravo e a recriação da Sudam e da Sudene. A pauta da segunda semana de esforço concentrado inclui a Lei de Falências, o projeto das Agências Reguladoras, os destaques da PEC Paralela da Previdência, o segundo turno da PEC do Trabalho Escravo e o programa Universidade para Todos.

“É importante registrar o balanço de ontem. Muita gente estava cética e nós votamos, votamos a recriação da Sudam e Sudene, PEC do Trabalho escravo, três projetos de servidores da Justiça, Hemobrás, ou seja, o trabalho foi muito positivo. Espero que sejam noticiadas as coisas boas daquilo que foi produzido ontem (anteontem)”, afirmou.

Ontem pela manhã, João Paulo reuniu em seu gabinete todos os líderes partidários e foi avisado pelo líder do PFL, José Carlos Aleluia (BA), que o partido está em obstrução enquanto o projeto que cria o Conselho Federal de Jornalismo não for devolvido ao Executivo. Aleluia disse que o PFL é contra a criação do conselho e não vai votar nenhuma matéria enquanto a proposta estiver na Câmara, nem o projeto elaborado pela Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) nem o do deputado Celso Russomano (PP-SP).

“O PFL não votará matéria nenhuma enquanto este projeto permanecer na Casa. Um projeto que atenta contra a liberdade de imprensa e que, mesmo sendo elaborado pela Fenaj, ganhou um versão piorada no Planalto. Não achamos necessária a criação desse conselho que vem para, entre outras coisas, suspender o direito do jornalista de exercer sua profissão. Não conheço o projeto do deputado Russomano”, afirmou.

João Paulo reconheceu que o governo errou ao enviar o projeto sem antes dialogar com o Congresso. Segundo ele, se tivesse conversado com o Congresso o governo seria informado de que não precisaria enviar o projeto da Fenaj porque o do deputado Celso Russomano já estava tramitando na Câmara.

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