Brasília – O presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), comemorou ontem a decisão da Justiça Federal de Tocantins, que rejeitou a denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal contra a ex-governadora Roseana Sarney por seu suposto envolvimento com o desvio de R$ 44 milhões da Usimar, uma fábrica de autopeças que seria construída em São Luís, com recursos da extinta Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam). Roseana presidiu a reunião do conselho deliberativo da Sudam que aprovou o projeto. As denúncias contra a ex-governadora foram o principal motivou para que Roseana desistisse de sua candidatura à Presidência da República.
“Em nome do PFL endosso as palavras de nossa correligionária Roseana Sarney, que interpretou a decisão da Justiça Federal do Tocantins como início do processo de reparação. Reparação que, como ela própria reconhece, será apenas parcial diante dos graves danos morais e materiais de que foi vítima”, disse Bornhausen. O PFL sempre defendeu Roseana das acusações de irregularidades na Sudam.
Vice-líder nas pesquisas de intenção de voto para Presidência, no início deste ano, Roseana acabou retirando sua candidatura diante da denúncias e hoje disputa uma vaga no Senado pelo Maranhão. O PFL, por sua vez, rompeu definitivamente com o governo Fernando Henrique Cardoso, sob a alegação de que as denúncias contra Roseana foram arquitetadas pelo Palácio do Planalto e pelo candidato do PSDB à Presidência, José Serra (SP).