PFL e PSDB selam aliança à presidência

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

José Jorge e Geraldo Alckmin: dupla está oficializada.

Sem a presença de alguns dos principais nomes dos dois partidos, o PFL e o PSDB formalizaram ontem, a aliança em torno da candidatura presidencial do tucano Geraldo Alckmin, com o senador José Jorge (PFL-PE) no posto de vice. O ato, realizado no auditório da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, não contou com a presença de tucanos ilustres como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o ex-prefeito paulistano José Serra. Também não compareceram os governadores do PFL nem o prefeito do Rio de Janeiro, César Maia.

Diante das críticas dos próprios tucanos à falta de carisma da chapa tucano-pefelista, o presidente do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), disse que o Brasil não precisa de líderes carismáticos e brincou: ?Eles não são nenhum Brad Pitt.? Tasso citou os presidentes da Venezuela, Hugo Chávez; da Bolívia, Evo Morales, e de Cuba, Fidel Castro, e afirmou que o brasileiro quer líderes com outro perfil. ?Homens de espírito público, equilibrados, sérios, competentes e capazes de montar uma proposta consistente e de longo prazo.? Ele saudou a aliança como a ?virada histórica de um País que perdeu o seu rumo, perdeu seu momento e está perdendo a sua própria identidade, que não reconhece mais os seus próprios valores éticos, morais e republicanos?.

A parceria entre o PSDB e o PFL foi selada com duros ataques aos ?quatro anos perdidos? do governo ?corrupto e incompetente? do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Alckmin disse que, se eleito, ?não haverá governo de companheiros, nem aparelhamento do Estado, nem 12 ministérios aos derrotados?. O candidato da oposição afirmou: ?Governo de turminha, não.?

O presidente nacional do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), entregou ao pré-candidato um documento com as propostas do partido para o programa de governo da coligação. ?Preparamo-nos para ajudar o Brasil a rever o grande equívoco que foi a eleição de Lula, um operário que traiu sua classe, o moralista que presidiu o governo mais corrupto da história do Brasil, aquele que prometeu governar com os melhores e montou um ministério dos piores?, disse Bornhausen, sob aplausos da platéia que recebera de pé e com muitas palmas a dupla Alckmin e José Jorge.

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