Sete meses após a conclusão das investigações da Operação Woodstock, que levou o Ministério Público Federal (MPF) a denunciar 23 pessoas em Minas Gerais por exportação ilegal de madeira nobre, em outubro de 2011, a Polícia Federal (PF) desmanchou um novo esquema de exploração ilegal de jacaranda-da-bahia (Dalbergia nigra) no Estado que pode ter ligação com a quadrilha descoberta em 2007. Essa madeira é utilizada para a fabricação de instrumentos musicais.

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A PF cumpriu cinco mandados que resultaram na apreensão de grande quantidade da madeira, além de equipamentos para confecção de instrumentos musicais, especificamente violão e guitarra. As buscas foram feitas entre quinta-feira e esta sexta-feira em galpões nos municípios de Monte Formoso, Ouro Preto, Nova Lima, Belo Horizonte e Matozinhos. Cinco pessoas chegaram a ser presas, foram interrogadas e liberadas. Elas vão responder a processo por crime ambiental (artigos 334 e 330 da Lei 9.605/98) e podem pegar até quatro anos de prisão.

De acordo com um delegado da PF de Minas que pediu para não ter o nome divulgado, a operação W2 é um desdobramento da Woodstock, deflagrada em 2007 e que resultou na prisão de 15 pessoas. Na época, em outubro de 2011, o MPF denunciou 23 investigados à Justiça. Ele disse que a PF investiga possível elo entre os dois grupos, uma vez que a madeira é a mesma e era utilizada para o mesmo fim, a fabricação de instrumentos musicais. Estima-se que a quantidade utilizada em apenas um violão pode ser vendida por até US$ 800 nos Estados Unidos. O delegado não soube precisar a quantidade de madeira apreendida, apenas que foram “cinco galpões cheios”. Segundo ele, o material será periciado e enviado para o Instituto Estadual de Florestas (IEF).

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