PF prende 9 por espalhar R$ 2,2 mi em notas falsas

A Polícia Federal (PF) prendeu nove acusados de participar de uma quadrilha de falsários acusada de espalhar, nos últimos nove meses, cerca de R$ 2,2 milhões (R$ 250 mil por mês) em notas falsas de R$ 5 a R$ 100. O bando agia em seis Estados e fornecia as notas para guardadores de carros, cambistas, bingos clandestinos, traficantes de droga e comerciantes. A Justiça Federal havia decretado a prisão de 11 acusados e concedido 70 mandados de buscas e apreensão, dos quais 22 em São Paulo.

“Conseguimos prender os dois líderes da quadrilha”, afirmou o delegado Diógenes Peres de Souza, da Delegacia de Crimes Fazendários, da PF em São Paulo. Um dos acusados de liderar a quadrilha, conhecido como Abel, havia sido preso por tráfico de drogas pela PF. O outro homem foi detido na terça-feira (9) em São Paulo.

Os agentes encontraram ainda três gráficas usadas para falsificar as notas – uma no centro de São Paulo e outras duas em cidades da região metropolitana. “As notas eram de boa qualidade. Os criminosos conseguiam fazer a marca d’água, a fita de segurança e reproduziam até mesmo o relevo do papel moeda”, contou o delegado.

Segundo ele, a quadrilha era bastante hierarquizada. Os chefes encomendavam as cédulas em três gráficas, providenciavam a matéria-prima e, depois, entregavam pacotes da mercadoria para sete grandes distribuidores. Estes usavam dezenas de pessoas para pulverizar o dinheiro no mercado. Os chefes trocavam o dinheiro na proporção de cinco notas falsas para uma verdadeira. Depois, repartiam o lucros entre os diversos integrantes do bando.

A PF havia ainda pedido a prisão de outros 12 acusados, mas o juiz Alexandre Cassetari, da 4ª Vara Federal de São Paulo, negou. Ele entendeu que a prisão temporária dos acusados não havia sido demonstrada como imprescindível às investigações do caso. Além de atuar em São Paulo, o grupo agia ainda em Alagoas, Amazonas, Rio Grande do Norte, Minas e Rio. Havia nove meses que a PF investigava a quadrilha, desde que foi detectado um derrame de notas falsas no Paraná. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.