PF prende 18 por extração ilegal de diamantes em Rondônia

Dezoito pessoas foram presas na manhã de hoje acusadas de extração e comercialização ilegal de diamantes provenientes do garimpo da Reserva Indígena Roosevelt, no município de Espigão D’Oeste, em Rondônia. Segundo a Polícia Federal (PF), cerca de 200 agentes cumpriram 16 mandados de prisão temporária, dois de prisão preventiva e 45 de busca e apreensão. Nove foram presos em Espigão D’oeste, um em Monte Negro, um em Teófilo Otoni e quatro em Patos de Minas (MG). Ainda, duas prisões foram feitas em Brasília e uma, em São Paulo.

A Operação Adamas tem como origem duas investigações conduzidas simultaneamente pela Delegacia de PF em Vilhena, iniciada em agosto de 2009, e pela Superintendência Regional da PF em Mato Grosso, que começou em fevereiro de 2010. Foram investigadas duas quadrilhas distintas, mas ambas especializadas na exploração ilegal de diamantes, com extensões em seis Estados e no Distrito Federal.

A ação ocorreu simultaneamente nos municípios de Espigão D’oeste, Cacoal, Monte Negro e Ariquemes, todos no Estado de Rondônia; Belo Horizonte, Teófilo Otoni, Patos de Minas, Coromandel e São Gonçalo do Abaeté, em Minas Gerais; Juína e Cuiabá, em Mato Grosso; Campo Grande, em Mato Grosso do Sul; Goiânia; Brasília e São Paulo.

A investigação indicou a existência de uma organização criminosa dividida basicamente em dois ramos. O primeiro atua junto ao garimpo, na atividade de extração. O segundo grupo, na negociação das pedras preciosas obtidas ilicitamente, arregimentando compradores e intermediários interessados em comprar os minérios e repassá-los a outros compradores de diversos Estados.

Apreensões

No decorrer das investigações foram realizadas sete apreensões de diamantes, o que reforçou ainda mais o conjunto de provas colhidas até o momento. A apreensão mais recente se deu no aeroporto de Cuiabá, quando um dos investigados transportava 24 pedras de quilates diversos.

Em uma apreensão ocorrida em março deste ano, uma única pedra de diamante de cerca de um centímetro de diâmetro, com 28 quilates, foi avaliada por peritos criminais federais em R$ 233 mil, o que indica que a quadrilha movimentava minérios de grande valor. Todas as apreensões realizadas alcançaram o valor aproximado de R$ 500 mil.

As ações da PF na Reserva Roosevelt, iniciadas em 2004, já alcançaram a apreensão de aproximadamente três mil quilates de diamantes. Somente neste ano, a corporação já apreendeu em Rondônia 419 quilates ilegalmente extraídos da reserva, com a prisão de quatro pessoas.