A Polícia Federal destacou 140 policiais envolvidos com a ação, entre eles 24 policiais do Comando de Operações Táticas, para cumprir três mandados de prisão temporária, 19 mandados de busca e apreensão e 17 conduções coercitivas contra pessoas investigadas por suspeita de integrarem um grupo de extermínio atuante no estado de Goiás. As ações ocorrem nas cidades de Goiânia, Alvorada do Norte e Formosa e são parte da 2ª fase da operação 6º Mandamento – o nome é uma alusão ao mandamento bíblico “Não Matarás”.
São investigados no âmbito da operação duas mortes e dois desaparecimentos ocorridos em 2010 que, segundo a PF, podem estar relacionados com um grupo de extermínio. Motivado por Incidente de Deslocamento de Competência apresentado ao STJ, desde 2015 o inquérito instaurado pela PF para apurar o caso tramita na Justiça Federal de Formosa/GO.
A primeira fase ostensiva da operação ocorreu em 2011. À época, a PF descobriu que a organização criminosa tinha como principal atividade a prática habitual de homicídios com a simulação de que os crimes teriam sido praticados em confrontos com as vítimas. Há casos de execução de crianças, adolescentes e mulheres.
As investigações apontaram para homicídios que teriam sido praticados pela organização criminosa, inclusive durante o horário de serviço e com uso de viaturas da corporação. A organização criminosa especializou-se ainda na ocultação de cadáveres.
Dentre os investigados da primeira fase estavam o atual sub-comandante geral da Polícia Militar de Goiás, o ex-secretário de Segurança Pública e o ex-secretário da Fazenda de Goiás, os dois últimos na condição de suspeitos pela prática de tráfico de influência que resultaram nas promoções de patentes de integrantes da organização criminosa.