O delegado federal de Foz do Iguaçu, Marcos Paulo Pimentel, responsável pela investigação da tentativa de homicídio contra policiais federais e policiais rodoviários por parte do estudante Carlos Eduardo Sundfeld Nunes, o Cadu, de 24 anos, disse que está tentando evitar a reconstituição da tentativa de fuga pela Ponte da Amizade. “Estamos colhendo depoimentos para ver se excluímos a reconstituição, em razão do tumulto que pode ocorrer”, afirmou Pimentel. “Tentamos evitar, mas se for necessário será feito.”

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Nunes confessou ter matado o cartunista Glauco Vilas Boas, de 53 anos, e seu filho, Raoni, de 25, em Osasco, no dia 12. Ele foi preso ao tentar fugir na noite de domingo. O delegado reforçou que a PF não investiga o que ocorreu em São Paulo.

“O que nos interessa é a questão da intenção de matar quando ele atirou contra os policiais”, disse. Na tentativa de fuga, vários tiros atingiram o veículo utilizado por policiais rodoviários federais do posto de Santa Terezinha do Itaipu, e um tiro feriu um policial federal, que passou por cirurgia no braço.

De acordo com o delegado, o resultado do exame toxicológico que deu positivo para maconha não altera as investigações. “Corrobora a versão dos fatos e exclui outros entorpecentes”, afirmou. Ele adiantou que, pelo menos na fase de investigação, não pedirá exame psicológico de Nunes.

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Pimentel também preferiu não entrar em detalhes sobre os depoimentos que está tomando, mas afirmou que tem entrado em contato diariamente com a equipe da Polícia Civil de São Paulo que investiga a morte de Glauco e de seu filho.