Pesquisa traça o perfil dos pais de alunos da rede privada

Estudo  inédito,  realizado  com  16  mil  famílias,  revela  o  que  esse  público  pensa  sobre  educação,  drogas,  violência,  futuro  dos  filhos,  entre  outros  assuntos.

Pais  pertencentes  às  classes  A  e  B  não  medem  esforços  para  manter  os  filhos  na  rede  privada  de  ensino.  Eles  priorizam  a  qualidade  na  educação  e  sonham  ver  seus  filhos  em  universidades  públicas,  mas  o  problema  das  drogas  também  assombra  a  camada  mais  privilegiada  do  país.  As  conclusões  fazem  parte  da  primeira  pesquisa  realizada  com  famílias  que  possuem  filhos  matriculados  na  rede  particular  de  ensino.

O  levantamento,  encomendado  pelo  Sistema  Anglo  de  Ensino  e  aplicado  pelo  Instituto  Pró-Pesquisa,  envolveu  16  mil  pais  de  alunos  de  quase  cem  escolas  da  rede  particular.  Eles  responderam,  entre  os  dias  25  e  30  de  agosto,  a  um  questionário  que  analisou  aspectos  como  estrutura  familiar,  situação  sócio-econômica,  expectativas  em  relação  ao  futuro  dos  filhos  e  ao  país,  além  dos  temas  drogas,  educação,  carreira,  violência,  entre  outros.  A  amostra,  segundo  explica  o  coordenador  da  pesquisa  e  assessor  de  marketing  do  Sistema  Anglo  de  Ensino,  Francisco  Lopes  da  Silva,  representa  fielmente  o  universo  de  cerca  de  4  milhões  de  famílias  incluídas  nas  classes  média  e  alta.

A  iniciativa  do  Sistema  Anglo    faz  parte  de  um  projeto  implantado  pela  empresa  no  início  deste  ano,  com  o  intuito  de  traçar  o  perfil  das  pessoas  ligadas  à  rede  privada  de  ensino  no  País  ?  alunos,  pais  e  professores.  Em  maio,  foi  divulgada  a  primeira  parte  do  projeto  ?  um  estudo  realizado  com  56  mil  alunos  das  classes  A  e  B.  Desta  vez,  serão  ouvidas  as  famílias  desses  estudantes  e,  posteriormente,  os  professores  da  rede  particular.

Pontos  relevantes  da  pesquisa:

47,7%  possuem  renda  familiar  mensal  de  até  R$  2,5  mil,  sendo  que,  em  48,5%  dos  casos,  tanto  o  pai  quanto  a  mãe  compõem  a  renda; as  mães  possuem  maior  grau  de  instrução  do  que  os  pais  ?  36,1%  delas  têm  curso  superior  completo,  contra  33,3%  dos  pais; 

32,4%  desejam  ver  o  filho  cursando  uma  universidade  pública;  24,7%  esperam  vê-lo  nas  melhores  universidades,  mesmo  que  se  trate  de  instituição  particular;

74,1%  apontam  ?qualidade  de  ensino?  e  ?bons  professores?  como  os  fatores  mais  importantes  na  hora  de  escolher  a  escola  dos  filhos;

68,9%  indicaram  o  problema  das  drogas  nas  escolas  como  o  principal  fator  que  os  levaria  a  tirar  o  filho  da  instituição  de  ensino;  43,8%  apontaram  o  aumento  nas  mensalidades;

72,4%  gostariam  de  obter  mais  informações  sobre  drogas  pesadas,  como  cocaína,  crack  e  ecstasy,  para  lidar  com  o  assunto  no  núcleo  familiar;  a  grande  maioria  (71,6%)  também  espera  que  a  escola  realize  campanhas  de  combate  às  drogas  e  programas  de  orientação  aos  alunos;

Na  opinião  dos  pais,  a  profissão  que  tem  maior  credibilidade  é  a  de  ?médico?,  com  51%  das  respostas;  em  seguida  aparece  ?professor?,  com  43%; 

48,2%  se  dizem  otimistas  em  relação  ao  futuro  do(s)  filho(s)  e  também  ao  futuro  do  país.

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