Uma nova espécie de cascudo descoberta em Botucatu, interior de São Paulo, está ameaçada de extinção por causa do turismo. O local de ocorrência do peixe, o Córrego Águas de Madalena, afluente do Rio Pardo, é muito frequentado por moradores da região por causa das cachoeiras.

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O cascudo foi catalogado pela primeira vez há dois anos pelo pesquisador Fábio Roxo, do Instituto de Biociências da Universidade Estadual Paulista (Unesp), campus de Botucatu. Em homenagem à cidade, a espécie foi batizada de ‘Neoplecostomus botucatu’. O Rio Pardo, que recebe as águas do córrego, é afluente da Bacia do Paranapanema.

Em Botucatu, esses rios são muito procurados para lazer, pela ocorrência de belas cachoeiras, como a cascata Véu da Noiva. O próprio autor da descoberta alertou para o risco de desaparecimento do cascudo. “Como esse córrego é um local de recreação da população da cidade, o peixe está sujeito à poluição e à destruição de seu habitat pela interferência humana.”

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Esse cascudo habita cursos d’água de correnteza forte, ficando embaixo de pedras soltas ou lajes de pedra em cachoeira. Seu tamanho varia de 7,8 a 10 centímetros. Roxo descobriu também uma nova espécie de cascudo – a Hisonotus bocaiuva – há três anos em rios tributários da Bacia do São Francisco, em Bocaiuva (MG). A principal característica desse peixe é o tamanho diminuto – apenas dois centímetros de comprimento.