O advogado Leonardo Marinho entregou ontem no Superior Tribunal de Justiça (STJ) o pedido de liberdade provisória em favor do desembargador do Tribunal Regional do Trabalho da 15.ª Região Ernesto da Luz Pinto Dória, acusado de porte ilegal de armas.

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Dória deveria ter deixado a carceragem da Polícia Federal de Brasília anteontem, quando ele, juntamente com outros dois desembargadores e um procurador regional da República – presos dia 13, na Operação Hurricane (furacão, em inglês) – obtiveram no Supremo Tribunal Federal o direito de deixar a prisão.

O problema é que as buscas realizadas pela Polícia Federal descobriram armas ilegais na casa do desembargador, e isso gerou um segundo mandado de prisão – desta vez por porte ilegal de arma. Não há previsão para a avaliação do novo pedido de liberdade de Dória.

Já os desembargadores José Eduardo Carreira Alvim, ex-vice-presidente do Tribunal Regional Federal da 2.ª Região, e José Ricardo de Siqueira Regueira, também do TRF da 2.ª Região, e o procurador regional da República do Rio, João Sérgio Leal Pereira, foram efetivamente soltos, no sábado.

A operação

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No total, 25 pessoas foram presas na Operação Hurricane suspeitas de integrar um esquema de exploração de jogos ilegais – bingos e máquinas caça-níqueis. Excetuando os magistrados e o procurador, que foram soltos, os outros 21 acusados tiveram prisão preventiva decretada pelo STF, na mesma decisão.

O STF recusou o pedido de prisão do ministro do STJ Paulo Medina, suspeito de ter proferido uma sentença para favorecer donos de casas de bingo, segundo a PF. Há suspeita de que a decisão tenha sido vendida por R$ 1 milhão. Na sexta-feira, após o surgimento da denúncia, Medina pediu afastamento do STJ por 28 dias, alegando problemas de saúde.

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