PCC demonstra preocupação com Catanduvas

O promotor André Luiz Felício, do Grupo de Atuação Especial Regional para Prevenção do Crime Organizado (Gaerco) de Presidente Prudente fez um alerta para um possível plano do PCC de praticar atentados contra autoridades.

Na parte fechada do depoimento que prestou terça-feira, à CPI do Tráfico de Armas, Felício leu para os parlamentares a íntegra de um ?salve? (ordem) captado durante investigações da polícia e do Ministério Público, na sexta-feira, passada. A ordem, em geral transmitida entre os presos por telefone celular, era, segundo o promotor, do bandido Júlio Cesar Guedes de Morais, o Carambola. ?É para começar a seqüestrar autoridades para resolver o problema do sistema. Do jeito que está, não está surtindo efeito. O braço armado vai funcionar de vez. Acabou a paz?, dizia a ordem, lida por Felício no plenário da CPI.

Felício disse aos parlamentares estar preocupado com a adesão ao PCC de jovens presos na Febem. ?Me preocupa essa nova camada de jovens criminosos na Febem (ligados ao PCC) e também das mulheres?, afirmou o promotor, durante o depoimento aberto.

O promotor disse ter informações de que os integrantes da facção criminosa ?estão preocupados com Catanduvas?, em referência ao presídio federal de segurança máxima para onde serão levados presos de alta periculosidade de vários estados.

No trecho aberto, o promotor não falou sobre os braços do PCC fora de São Paulo, mas deixou claro que teme a concentração de presos de pontos diferentes do País em um único presídio. ?Um dos meus temores são vários presos (de diferentes estados) em uma unidade prisional. Será que não vai permitir essa ocorrência (proliferação do PCC)??, questionou Felício.

Justiça mantém presa advogada de Marcola

São Paulo (AE) – A advogada Maria Cristina Rachado vai continuar presa. A decisão é do Departamento de Inquérito Policiais e Polícia Judiciária do Tribunal de Justiça de São Paulo. Ela entrou com pedido de relaxamento de prisão, mas não obteve sucesso.

Maria Cristina Rachado é advogada de Marcos Willian Herbas Camacho, o Marcola, apontado como um dos líderes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). A advogada foi presa em 20 de julho em uma operação da Polícia de São Paulo, após uma série de interceptações telefônicas que apontaram seu envolvimento em ações do crime organizado.

A advogada também é acusada de pagar propina a um funcionário terceirizado da Câmara dos Deputados para obter cópias dos depoimentos sigilosos dos delegados paulistas Godofredo Bittencourt Filho e Ruy Ferraz, do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), em sessão secreta da CPI do Tráfico de Armas e do repasse do material da gravação a Marcola.

No depoimento, Bittencourt, diretor do Deic, disse que a polícia tinha informações sobre uma iniciativa violenta do PCC em preparo. O vazamento da informação teria contribuído para os ataques violentos ocorridos em maio no Estado de São Paulo.

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