Pastoral da Criança é novamente indicada ao Prêmio Nobel da Paz

O governo brasileiro está indicando, pela segunda vez, a Pastoral da Criança ao prêmio Nobel da Paz. A oficialização da indicação ocorreu hoje numa cerimônia no Palácio do Planalto em que o presidente Fernando Henrique Cardoso carimbou oficialmente um selo comemorativo da candidatura ao Nobel. No ano passado, a Pastoral já havia sido indicada ao Nobel da Paz, mas acabou perdendo para a Organização das Nações Unidas (ONU) e o secretário-geral da entidade, Kofi Annan.

O presidente Fernando Henrique ressaltou a importância da indicação para o País. ?É com satisfação que fazemos de novo nossa campanha em favor da Pastoral?, disse o presidente, acrescentando que, se a Pastoral ganhar, será um ?prêmio para todos nós, que mostra que estamos fazendo algo que é importante?.

Para reforçar a indicação, o presidente disse que vai pedir que a documentação relativa ao caso seja levada a Oslo, na Noruega, onde fica o comitê do Nobel, pelo ex-jogador Pelé. O prêmio é concedido pela Academia Real de Ciências da Suécia. O presidente acredita que, por ser um desportista mundialmente famoso e por ter seu nome vinculado à preocupação social com a criança, Pelé pode causar um impacto positivo sobre as pessoas que vão julgar as indicações.

A Pastoral da Criança é uma ação social da Conferência Nacional de Bispos do Brasil (CNBB). Funciona como uma grande rede de solidariedade que conta com mais de 150 mil voluntários em todo o Brasil no atendimento de mulheres grávidas e crianças carentes. Sob o comando da médica pediatra e sanitarista Zilda Arns, a Pastoral é apontada como um dos principais responsáveis pela redução da mortalidade infantil no País. Segundo o último Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a mortalidade infantil no País caiu 38% na última década: passou de 48 mortos por grupo de mil nascidos vivos para 29,6.

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