Para presidente da CNBB, voto secreto parlamentar é ‘abuso’ à democracia

O presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) d. Geraldo Lyra Rocha, classificou o sistema de voto secreto no Congresso Nacional como "abuso ao regime democrático, um desrespeito ao sistema republicano." As afirmações de Lyra Rocha foram feitas ao comentar as razões que levaram a CNBB a integrar o movimento para acabar com essa forma de votação, que permitiu a absolvição do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) da acusação de quebra de decoro parlamentar.

Para o vice-presidente da CNBB, Luiz Soares Vieira, todo senador tem direito de votar de acordo com sua consciência e não merece pressões injustas. "Mas o voto secreto não pode ser uma maneira de esconder a covardia", completou. Soares Vieira disse estar convicto de que todos têm direito de saber como votaram os políticos e estes têm de prestar contas de seus atos. "Voto secreto é estranho à democracia. Seria um avanço o fim desse sistema" disse.

O presidente da CNBB defendeu ainda a necessidade de se garantir a punição dos culpados por atos de corrupção. "Hoje a impunidade acaba servindo de estímulo para que novas ações de corrupção", completou.

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