Para presidente da CNBB, acusação a Lancellotti parece prática da “ditadura”

O presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) d. Geraldo Lyrio Rocha, fez nesta segunda-feira (5) uma enfática defesa do padre Júlio Lancellotti e disse que as acusações que pesam sobre vigário do Povo da Rua se assemelham a uma prática da "ditadura". "É muito triste que uma pessoa que dedicou a vida, que se sacrificou para o bem das crianças, de adolescentes e jovens em situação de carência e de risco, receba agora esse pagamento triste e de certa forma cruel. Há certas acusações que são expressão de irresponsabilidade. Como é que se lança uma acusação sem apresentar as provas", afirmou.

Lancellotti sustenta que foi vítima de extorsão de um grupo comandado pelo ex-interno da Febem, Anderson Batista. O religioso também nega ter mantido um relacionamento amoroso com o ex-interno e desviado dinheiro de entidades assistenciais para beneficiar o grupo. D. Geraldo Lyrio insiste que o ônus da prova cabe a quem acusa, mas "infelizmente se adota o inverso". "Tem-se a pessoa como culpada enquanto não se provar a sua inocência. Esta página já deveria ter sido virada da nossa história", disse.

De acordo com o presidente da CNBB, a Igreja está acompanhando o caso "com muita serenidade porque acredita plenamente na inocência do padre Júlio". Por isso, ressaltou, não há previsão de investigação interna. "A Igreja acompanha as investigações que devem ser feitas pelos órgãos competentes", afirmou.

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