Para Alencar, caso Renan poderia ocorrer com “qualquer um”

O presidente em exercício, José Alencar, saiu nesta segunda-feira (4) em defesa do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que enfrenta a suspeita de ter suas despesas pessoais pagas pelo lobista Cláudio Gontijo, da construtora Mendes Júnior. Alencar, que participou na manhã de hoje da cerimônia de abertura de um seminário sobre etanol, em São Paulo, disse ser amigo do senador e insistiu que a situação na qual ele se encontra poderia ocorrer "com qualquer pessoa".

"Conhecemos a esposa dele e sabemos que eles vivem muito bem. São questões nas quais não posso, de forma alguma, entrar. É uma coisa que pode acontecer com qualquer pessoa", afirmou o vice-presidente, ao comentar o impacto que o caso de Renan pode ter sobre o Senado como um todo. "Ele (Renan) está agindo, na minha opinião, com muita dignidade", acrescentou.

Indagado sobre se a afirmação se referia ao caso extraconjugal que Renan teve com a jornalista Mônica Veloso ou ao relacionamento do parlamentar com a construtora Mendes Júnior, Alencar despistou: "Eu não sou autoridade para falar sobre o assunto. O que posso dizer é que isso tem sido objeto de verificação dentro do Senado".

Alencar ainda citou Jesus Cristo para defender o amigo senador. "Eu respeito muito determinados filósofos, mas o que respeito mais é Jesus Cristo. Ele disse assim: "não julgueis". Mas isso não significa que não se deva investigar", disse.

Na ocasião, o presidente em exercício aproveitou para comentar as críticas feitas recentemente pelo presidente venezuelano Hugo Chávez, de que o Senado brasileiro age como "um papagaio" do Congresso norte-americano.

Ao avaliar se encarou as declarações como um insulto ao Congresso, Alencar rebateu: "Acho que sim, acho que foi desnecessário. Havia uma sugestão sobre a RCTV. Ele (Chávez) poderia apenas ter dito: "o Senado com toda sua boa intenção não conhece as questões aqui, da Venezuela". Seria até natural".

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