Papa enjoa do português e irrita brasileiros

Roma – A eliminação do português nas cerimônias realizadas no Vaticano suscitou uma série de protestos por parte de religiosos do Brasil, o país com mais católicos no mundo. A decisão de eliminar da leitura pelo Papa João Paulo II de apartes em português do discurso que costuma pronunciar às quartas-feiras, na Praça de São Pedro, irritou portugueses e brasileiros. Dois cardeais anunciaram que vão escrever pessoalmente ao pontífice reclamando do gesto. Nas últimas duas quartas-feiras, o Papa não se dirigiu aos católicos reunidos na praça em português, como é o hábito, e falou só em italiano, espanhol, inglês, francês e alemão. O cardeal Geraldo Majella Agnelo, presidente da CNBB, disse que a medida afeta “os 170 milhões de católicos” que residem em seu país. O cardeal, que pretende escrever ao Papa, recebeu o apoio de outros prelados de língua portuguesa, entre eles o cardeal de Angola, Alexandre do Nascimento, e o cardeal de Lisboa, José da Cruz Policarpo, assim como do vice-presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, monsenhor Antonio Baltasar Marcelino.

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