Amazonas

Pane no motor pode ser a causa da queda de avião

A hipótese mais forte com que trabalha a Defesa Civil do Amazonas é a de que uma pane de motor pode ter sido a causa da queda do avião EMB 110 Bandeirante no Rio Manacapuru na tarde deste sábado. Segundo informações passadas à Agência Estado pelo coronel João de Matos Suzano, meteorologista e técnico da Defesa Civil do Estado do Amazonas, as investigações devem partir desta possibilidade.

A aeronave de prefixo PT-SEA teria decolado do Aeroporto de Coari (AM) às 12h30 com 22 passageiros e dois tripulantes, o piloto e o copiloto, rumo ao Aeroporto de Manaus. Vinte minutos antes de chegar ao destino, o piloto teria pedido autorização à torre de controle para retornar a Coari. A queda se deu a 500 metros da pista do aeroporto.

Inicialmente, o acidente estava sendo atribuído ao mau tempo na região. Entretanto, segundo Suzano, as autoridades parecem não estar considerando muito esta versão, porque, tão logo foi feito o contato, a aeronave teria saído do raio de alcance do radar. Para alguns especialistas, a queda pode ter acontecido nesse momento.

“O tempo aqui no Amazonas está chuvoso, mas pelas informações, que ainda deverão ser confirmadas pelas investigações, no local do acidente a chuva não era tão forte”, disse o coronel Suzano. Ele acrescentou que o avião, fretado da empresa Manaus Taxi Aéreo, tinha um plano de voo, e que o documento já teria sido requisitado pelas autoridades como peça do inquérito que será instaurado para apurar o que, de fato, levou à queda.

Para Suzano, a única informação oficial até agora diz respeito ao resgate com vida de quatro passageiros do avião. Foram salvos Liam da Costa, de 9 anos; Bruna Bia Moraes, de 21anos; Erik Evangelista, de 23 anos e Ana Castro Reis, de 43 anos. O coronel da Defesa Civil desmentiu informações que inicialmente atribuíam a propriedade do avião à Petrobras.

Segundo ele, é até possível que a estatal esteja ajudando nos trabalhos de busca e resgate das vítimas, mas, por enquanto, não há nenhuma notícia de que algum funcionário da empresa estivesse a bordo da aeronave. A assessoria de imprensa da Petrobras também negou ter fretado o avião e descartou a presença de qualquer funcionário a bordo.

Em Coari, o soldado Francisco Serafim dos Santos, da Delegacia de Polícia Militar, confirmou que a aeronave teria sido fretada por particulares e que, por isso, ele não tinha informações sobre os passageiros.