Pais de engenheira examinam roupas achadas em sítio

Os pais da engenheira Patrícia Amieiro estiveram hoje na Divisão de Homicídios, na Barra da Tijuca, para fazer o reconhecimento de peças de roupa que poderiam ajudar a esclarecer o desaparecimento da filha do casal, ocorrido em 2008.

Tânia e Antônio Celso Franco avaliaram o material encontrado por investigadores em um sítio no bairro do Itanhangá, na zona oeste do Rio: uma meia-calça, uma calça e sapatos femininos. Na última vez em que foi vista com vida, Patrícia usava uma calça jeans escura, um blusa num tom vinho e sapatos de salto.

Após uma denúncia recebida pela Coordenadoria de Inteligência e Segurança do Ministério Público do Estado do Rio, um grupo formado por policiais, bombeiros e promotores iniciou na última terça uma busca pelo sítio, apontado como endereço de um cemitério clandestino.

Segundo a informação repassada à Promotoria, o corpo de Patrícia Amieiro teria sido enterrado na propriedade (com piscina e churrasqueira), que seria um ponto de encontro de policiais milicianos.

Na avaliação do promotor Felipe Morais, o desgaste das roupas encontradas no sítio dificulta o reconhecimento. Será necessário um exame pericial para concluir se as peças pertenciam à engenheira.

Aos jornalistas presentes na Divisão de Homicídios, Antônio Celso Franco disse que a blusa e a calça eram “parecidas” com as usadas por sua filha.

Patrícia Amieiro saiu de uma festa na Urca e seguiu em direção a sua casa na Barra da Tijuca em 14 de maio de 2008. Ela tinha 24 anos na data do desaparecimento. Seu carro foi localizado dentro de um canal, no mesmo bairro, com a lataria marcada por tiros.

Quatro policiais militares são apontados com os responsáveis pela morte de Patrícia Amieiro. Eles respondem ao processo em liberdade e negam envolvimento no crime.