Além de alunos e professores, as ocupações nas escolas de São Paulo que estão na lista da reorganização e serão fechadas têm contado também com a participação de pais. Preocupados com a presença da Polícia Militar e contrários à medida, eles acompanharam os filhos durante os protestos, dentro e fora dos colégios.

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Na Escola Estadual Castro Alves, na zona norte da capital, a maior preocupação era com a distância: a unidade mais próxima do colégio a ser fechado, segundo os pais, fica a cerca de 2,5 quilômetros. Como a maioria dos estudantes vive perto da escola, também pesa o pagamento de transporte escolar.

“Tenho um filho de 14 e outro de 11 aqui na escola. O mais velho pode se virar, mas eu não tenho condição de pagar perua para o mais novo”, reclamou a dona de casa Ione Gomes, de 40 anos. Para ela, o fechamento da unidade pegou toda a comunidade de “surpresa” e deve atrapalhar a rotina dos pais, principalmente os que têm mais de um filho.

“Eu estudei aqui, meus filhos estudam aqui. Sou totalmente contra o fechamento”, contou a mãe de dois alunos do 3º ano do ensino médio e professora Valdecir Rosa, de 48 anos. Ela acompanhava o protesto dos filhos e de outros adolescentes e disse que autorizaria que os jovens passassem a noite no local. “Se não tiver bagunça, se for um ato organizado, eu apoio. Vou até trazer um lanchinho depois”, contou.

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Mãe de um aluno de 11 anos que está no 6.º ano do ensino fundamental da Castro Alves, a dona de casa Cristiane Mai, de 42 anos, critica a falta de informação. “Não concordamos e ninguém nunca nos perguntou o que achamos dessa medida do governo. Tem de protestar mesmo”, disse.

Risco à rotina

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Na Fernão Dias Paes, em Pinheiros, Lucileide Araujo dos Santos, de 48 anos, foi com a filha de 13 que estuda no local. “Decidimos apoiar os estudantes. Eu trabalho aqui perto, trago minha filha na escola todos os dias e na outra não poderei fazer isso.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.