Opinião de Kelman é individual; não reflete Aneel, diz ministro de Minas e Energia

O ministro interino de Minas e Energia, Nelson Hubner, disse nesta quarta-feira (9) que a afirmação feita ontem pelo diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Jerson Kelman, – de que não é impossível haver racionamento de energia este ano – expressa "a posição individual de Kelman e não reflete o pensamento da diretoria da Agência".

O ministro já chamou Kelman para conversar. Ele lembrou que o governo possui "vários espaços para debate", como o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), que inclusive tem reunião marcada para amanhã. O CMSE foi criado após o racionamento de 2001, como uma das medidas para o acompanhamento periódico do abastecimento de energia elétrica.

Hubner lembrou que o País ainda está no início do período de chuvas e que, se mais adiante o governo chegar à conclusão que o nível dos reservatórios está abaixo do ideal, mais usinas termelétricas poderão ser acionadas.

Ele disse que o governo já dispõe de um plano de contingenciamento de gás e que, se houver necessidade, poderá transferir para as térmicas o gás que a Petrobras utiliza para consumo próprio, por exemplo. Qualquer medida, no entanto, levará em conta diversas questões, como evitar uma alta no preço da energia para a população.

Hubner afirmou ainda que o governo fará um acompanhamento permanente das chuvas ao longo deste mês, mas somente no final de janeiro será possível avaliar com mais precisão qual é a situação de capacidade de geração hidrelétrica do País.

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